segunda-feira, 16 de abril de 2012
Espanha. D.Juan Carlos abdica? Cenas de caça.
O símbolo da unidade do reino de Espanha está a desunir os espanhóis, muitos pedem que abdique do trono e poucos dão “largas vivas ao rei”. O episódio da ida à caça ao Botsuana onde partiu um osso (dele) e fez partir uns elefantes do reino dos vivos, está a pôr em causa o seu reinado.
Como sintetizou um jornalista espanhol, o que o rei fez não é adequado “nem como exemplo, nem como ética, nem como estética”. A caça grossa, de animais que nos dizem estar em extinção, não se ajusta à estética do século XXI; serem caçados por reis, é censurável por descerem ao nível dos criminosos caçadores furtivos e patentear pouco apoio entre espécies cujo número é diminuto, reis e elefantes.
O custo das brincadeiras de mau gosto do rei de Espanha tem um valor em euros que os espanhóis acham intolerável, particularmente quando os juros das obrigações subiram agora além dos 6%, têm a ameaça do “resgate” no horizonte e a austeridade em todo o país – menos na Casa Real.
A imagem da monarquia está a deteriorar-se em Espanha, a abdicação do trono por parte do actual rei é mais que hipótese. D.Juan Carlos tem ido “à faca” mais vezes que à caça e pelo menos desde há cinco anos que a passagem do trono para o príncipe Filipe se coloca.
Filipe VI entra dentro de momentos. Os custos da Casa Real pagos com dinheiro público continuarão a reinar.
PS – Os dotes de caçador de D.Juan ultrapassam os do nosso ex-presidente Américo Tomaz, que caçava coelhos sentado enquanto os criados os punham a jeito na sua frente. Do rei, o mais conhecido é do urso bêbado domesticado que caçou na Rússia, pelo que, se apanhou algum elefante no Botsuana estava de certeza anestesiado, (o elefante… ou ambos).
(Para ler últimos posts clicar em – página inicial)
Etiquetas:
carlos mesquita,
D.Juan Carlos,
ecologia,
Elefantes,
Espanha,
Filipe VI,
Monarquia,
política internacional
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
É pena que o prestígio da Monarquia seja posto em causa por um motivo fútil e não pela própria essência de um regime que não faz sentido. Bem sei que as Repúblicas têm por vezes presidentes iletrados e de reduzida inteligência (acontece!); mas podemos sempre não os eleger. Agora, aceitar que um atrasado mental (acontece muito na família Bourbon)seja o chefe do Estado, porque foi «ungido por Deus»... De notar que em Espanha não é a monarquia que está a ser posta em causa, mas este senhor a quem em tempos alguns súbditos designavam por «el putero» - porque seria?
É no que deram os casamentos consanguíneos destas famílias: reis com uma inteligência muito abaixo da dos elefantes. E este não é um motivo fútil lá porque não é de estrita política. Grande safado este João!
Enviar um comentário