Evolução das sondagens AQUI
Hollande e Sarkozy não “são a mesma coisa” como o discurso dito radical apregoa, aliás, foi essa prédica que deu, cá, a maioria absoluta a Passos Coelho e estamos a ver as consequências; para tirar alguém do poder, em eleições democráticas, é preciso votar e votar contra alguém.
Em França, o que realmente está em jogo é retirar a presidência a Sarkozy, os efeitos disso serão sentidos na política interna francesa, no rumo europeu e no âmbito da política externa da França. A mudança será sempre vantajosa.
Hollande não vai deixar de se relacionar com Angela Merkel mas terá um novo tipo de “diálogo”. Da posição da França na concertação com a Alemanha depende o essencial da política na Europa e da Europa no mundo, da democraticidade na União Europeia às intervenções militares no horizonte da NATO, da política económica de austeridade à nova (des)ordem da ditadura dos mercados.
As mudanças não serão profundas? Creio que sim, mas logo se vê. Uma certeza é que haverá alterações no melhor sentido se Nicolas Sarkozy sair da presidência. A luta social, paralela a estas disputas pela governação, também terá melhores condições de se desenvolver na ausência de Sarkozy e do seu controlo dos meios de comunicação social.
Sem ilusões ou expectativas exageradas a mudança de poder que se adivinha em França é uma boa notícia.
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