Só Cristas não percebeu - quem paga a taxa é o consumidor.
“Podem ganhar dinheiro e enriquecer”. Quem o diz não é um dos muitos anúncios de promessas ilusórias que abundam por aí, é a ministra Conceição Cristas.
O discurso da ministra, no encontro “Novos desafios do Sector Agro-alimentar, Uma Estratégia para o Crescimento da Economia”, está repleto de pérolas.
“Não falta emprego, falta é gente para trabalhar” afirma Cristas, para um país que vê aumentar o desemprego exponencialmente (mais 19,8% em Março comparando a Março de 2011) e que ouve do próprio governo a garantia de que o desemprego vai continuar a subir. Quer ela dizer que o desemprego é fruto do povo ser madraço, de não querer trabalhar? É patético, e ofensivo para as muitas famílias que já suportam a fome por não terem ganha-pão.
Onde oferece Conceição Cristas os empregos? Não é no Ministério da Agricultura, do Mar e Ambiente (MAMA) que lá as tetas já estão ocupadas, é na agricultura; porque há “fundos comunitários e terras para cultivar” coisas que temos há anos a par das queixas de quem trabalha a terra.
O que a ministra quer não será apenas o trabalho para gaibéus sazonais, mas convencer os portugueses a trabalhar o campo. Ora isso não se faz com promessas de enriquecimento, mudar de vida não é aceitar conversa de banha da cobra; todos vêem, ouvem e lêem, o que os agricultores dizem sobre as dificuldades da sua actividade.
Cristas repete a léria da sua reforma agrária mas o enxerto não pega, os rendimentos não viabilizam o sector, o governo nada faz para alterar as circunstâncias em que o sector primário se encontra.
Conceição Cristas não tem culpa, O Portas do Boné achou-a num debate sobre o aborto, viu-lhe lábia e fotogenia e fizeram-na ministra; só que fazer politica não é apenas relações públicas, falta-lhe substrato.
Falar hoje em “aumentar o consumo interno”, ou em agricultura biológica para quem já nem dinheiro tem para produtos de marca branca, é isso mesmo, falta de substrato.
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2 comentários:
pois esta menina Cristas, lábia tem ela, mas na prática a nossa agricultura foi destroida logo a seguir ao 25 de Novembro, quando retiraram as terras aos trabalhadores que as tinham ocupado e formado as coop agricultas,que essas sim tinham uma pespectiva de desenvolvimento e aproveitamento dos nossos recursos agrícolas ,hoje quem percorre o Alentejo , o que vê , terras abandonadas !!! agora esta perua da Cidade, chamada de Cristas vem com estas balelas que não convencem ninguém,espero que o Paulinho das feiras a aproveite para a próxima campanha , para venderem mais banha da cobra e continuarem a enganar os parvos, que por aí abundam .....
Mas ela é Cristas ou cricas ? Pela conversa de ir ao .... parece mais a segunda...
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