quinta-feira, 3 de maio de 2012
Dia Mundial da Liberdade de Imprensa nas redes sociais.
A Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu os novos media e as redes sociais como tema de reflexão no Dia Mundial de Imprensa. Já em datas anteriores, a ONU tinha dedicado o Dia à segurança dos profissionais da comunicação social sujeitos a violência. A perseguição, agressão e prisão de jornalistas e outros profissionais dos media, e até o assassinato, constitui uma das principais ameaças à Liberdade de Expressão.
Em mensagem conjunta do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon e da directora da UNESCO, Irina Bokova, considera-se a Liberdade de Expressão como um dos direitos mais preciosos. Referem o facto de, com a mudança dos meios para o suporte online, “jornalistas online, incluindo bloggers” estarem a ser “perseguidos, atacados e mortos” por causa do seu trabalho. Defendem por isso que estes “devam receber a mesma protecção que os trabalhadores dos media tradicionais”.
O Sindicato dos Jornalistas (SJ) reafirma em comunicado, “a importância dos serviços públicos de comunicação social – da agência de comunicação, de rádio e televisão – que o governo e a maioria parlamentar querem desmantelar, com o pretexto demagógico da crise, mas visando cumprir uma agenda neo-liberal de privatização a todo o custo”.
O SJ considera que a “informação como bem público necessita de jornalistas livres e com direitos”, alerta para “o agravamento das condições de trabalho” o “despedimento de centenas de profissionais nos últimos anos” e as “situações de precariedade, de contratados a recibos verdes ou a prazo, bastante generalizada entre os jovens jornalistas”. O SJ especifica “não é possível garantir a independência e a liberdade de informar de jornalistas que podem ser sumariamente despedidos no dia seguinte ou no mês seguinte”.
As ameaças à liberdade e ao pluralismo da imprensa está na concentração dos media, na degradação e precariedade laboral, no controlo ideológico e poder dos grupos económicos. O “primado da superficialidade” é opção política dos donos da comunicação social.
O SJ afirma que “sem informação livre, plural e de qualidade, não há verdadeira democracia”.
Volto a lembrar a forma como os amigos de Pinochet voltaram ao poder no Chile, e o papel preponderante do controlo da comunicação social nesse feito.
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