sábado, 19 de maio de 2012
Duarte Lima entrega polvo político.Quem são?
Como se devem lembrar, ainda há pouco, a Justiça tinha um grande e insolúvel problema; as “fugas ao segredo de justiça”. O Procurador-Geral da República lamentava-se, pesaroso, de não ter meios para impedir tal situação.
Transcrições de escutas telefónicas apareciam nos jornais e televisões, apesar de estarem em “segredo de justiça”, faxes idem, e-mails idem, memorandos, recibos, notas de cursos e cursos sem notas, etc. Os jornalistas até eram avisados de que fulano ia ser ouvido em interrogatório, o que dava para montar com antecedência a cena da notícia com carros de exteriores.
Chegou o caso BPN, e com ele, por artes fantásticas, as fugas terminaram. Por obra de algum picheleiro, spray ou mistela tapa-fugas, tudo agora parece hermeticamente fechado. Nem um sopro de leve aragem é bufado do aparelho de justiça para o aparelho auditivo dos jornalistas. Mesmo quando estoura um petardo como agora este, do ex-dirigente do PSD Duarte Lima, abre-se os jornais e é o silêncio das profundezas.
O polvo que Duarte Lima entregou, dizem as notícias, tem muitos tentáculos, envolve personalidades políticas e segundo “fontes judiciais” ouvidas pelo jornal Correio da Manhã, “pode abanar o sistema partidário”. Que o caso BPN abanaria o sistema partidário em qualquer país civilizado, não é notícia.
O que seria notícia era saber-se os nomes dos políticos dos quais a justiça tem provas de envolvimento no caso BPN. Mas desse polvo só temos visto a tinta. Contra tudo o que pescador à linha conhece, é mais fácil encerrar um enorme polvo vivo que meia dúzia de robalos de “aviário” já grelhados.
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