quarta-feira, 22 de agosto de 2012
A vaga de lay-offs e o ministro Álvaro.
Quem tem dificuldade em varrer o no sense da memória não deve ouvir o ministro Álvaro. Ouve-se cada coisa, cada disparate, que perdura dias a resso(n)ar na cabeça, ora vai ora remanesce como chato resistente ao quitoso.
Era para ter referido a Concertação Social, desisti, como já deviam tê-lo feito os sindicatos; aquilo não é uma mesa de negociações é um auditório onde o governo informa dos factos consumados. Serve para o presidente Cavaco dizer lá fora que há consenso na sociedade portuguesa e a imprensa internacional nos chamar mansos, coisa que dantes até ofendia.
Foi na saída da chamada reunião da concertação social que ouvi mais uma barbaridade do ministro Álvaro.
A empresa de construção e obras públicas, Tecnovia, vai pôr em regime de lay-off 340 trabalhadores, o governo parou-lhe as obras, não suporta pagar os salários aos trabalhadores parados.
O presidente do sindicato do sector, Albano Ribeiro, informou haver “100 a 200 empresas em vias de entrar em lay-off, envolvendo 5.000 trabalhadores” e disse na televisão que no caso da Tecnovia a “situação é dramática” pois poderá descer “de uma facturação mensal de oito milhões de euros para um milhão, tendo encargos fixos de dois milhões de euros”.
O ministro Álvaro interrogado sobre a situação da Tecnovia disse tratar-se “de um problema de financiamento” (é a frase que ainda não me saiu da cabeça).
Para o ministro da economia e professor de economia, as empresas com falta de trabalho têm problemas de financiamento. Financiar para quê? Para pagar salários? Além de não ter nexo quem financia um sector que o governo quer (e está a conseguir) sufocar?
É o que dá ir buscar uma figura que não faz a mínima ideia do que é uma empresa, para ministro da economia.
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