sábado, 25 de agosto de 2012
Cães. Raças perigosas, donos ignorantes ou psicopatas.
Em poucos dias, por cá, dois cães mataram duas pessoas, um bebé e uma senhora, entre outros ataques, e volta a polémica sobre raças perigosas e comportamentos dos donos.
A controvérsia entre quem defende os animais independentemente da sua acção violenta e os que receando ser atacados querem-nos extintos, não serve para nada.
A lei das raças perigosas ainda veio introduzir mais desordem, fazer uma lista de raças propensas para atacar pessoas, só deve ter levado ao aumento das vendas dessas raças. Não faltam por aí psicopatas, que na impossibilidade de comprarem uma arma compram um cão. Ser para se defenderem ou para atacar dá no mesmo, é uma arma. Basta olhar para os tiroteios quase diários nos Estados Unidos para se ver que a proliferação de armas não é grande coisa.
Um cão pode ser uma arma; é uma ideia que todos os que se dizem amigos dos animais devem ter presente. Para defender os animais é preciso tirar-lhes o feitio bélico, assim mais pessoas gostarão desses animais.
Os cães não são todos iguais, o homem treinou-os para trabalhos diferentes ao longo de gerações e isso condiciona o seu comportamento. Por isso se diz que nem todos os cães são para qualquer dono.
Cães corpulentos, com força de dentada e temperamento dominante precisam de maior controlo; todos aqueles que têm cães dóceis, das ditas raças perigosas, sabem que não é difícil treiná-los, mas nem todos sabem como. A solução é recorrer a quem sabe. A medida correcta perante um cão agressivo é a reeducação.
Um cão, socializado desde pequeno com os outros cães e as pessoas, que tenha o espaço livre que a sua raça exige, nunca será perigoso. Tive um “Serra da Estrela” (uma das raças ditas perigosas) que cresceu com o meu filho bebé; o “desgraçado” do cão fazia de cavalo, as suas orelhas de rédeas, e nunca ouve problema.
Os meus filhos foram, como eu, criados na companhia de cães de várias raças, o medo instalado na população aos cães (até já fogem do meu Lavrador) não é aconselhável, perante um animal que possa ser agressivo é mesmo o menos indicado.
Há que tomar medidas, fazer cumprir a lei e denunciar a existência de animais violentos às autoridades, responsabilizar os donos e obrigar os veterinários que tratam cães feridos nas lutas a comunicar à polícia.
Já agora que se fala tanto em serviço público da RTP e eu vejo tão pouco serviço público, o programa de Cesar Millan “O encantador de cães” pode fazer mais pela pacificação entre homens e animais que todas as conversas sobre segurança e leis repressivas. Devia estar em canal aberto pois é verdadeiro serviço público.
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5 comentários:
Também eu Carlos. Já tive vários cães, incluindo uma cadela de Pastor Alemão que rastejava a meus pés sempre que lhe ralhava. Os meus cães nunca morderam ninguém, sempre lhes meti a mão na boca ou na comida deles quando estavam a comer, e nunca me viraram dente, nem a mim nem a ninguém. Os animais são o reflexo dos seus donos e os mesmos devem ser criminalmente responsabilizados, mas a doer.
As armas também não fazem mal a ninguém. São os seus donos o problema. O mesmo acontece com os cães, existem cães que foram feitos para matar; o pitbull é uma dessas raças. Se assim não fosse os gangs não os queriam. Até já vi pessoas que acreditam serem capazes de domesticas cobras de 8 metros, colocando os seus bebés a brincar com elas. É assim que querem ter os cães? Para essas pessoas um cão só é perigoso depois de matar.
Concordo. mas para mim o problema não é os psicopatas mas a fome por demonização dos media. agora os pittbull? raças potencialmente perigosas? o que é isso, caça as bruxas?
e mais, os pittbull não são uma raça para começar.
não existem cães potencialmente perigosos, mas sim com problemas comportamentais, aos quais cabe ao dono responsabilizar-se e tratar.
por fim e só em nota de rodapé; esse seu encantador de cães é considerado no meio da educação canina como um tirano, sem ética,que educa os cães através do medo e da represão. fala-se em renforçamento positivo e não se esqueçam que um cão quer sobretudo criar uma conexão ao seu dono; ou seja, fazer parte de um grupo.
Meu caro concordante; temos umas discrepâncias. Há cães perigosos. Ponto. As razões são várias e mais complexas que a raça. Não está em causa a “conexão com o seu dono”, porque os piores ataques de cães são feitos na ausência do dono, excepto no caso (criminoso) de “atiçamento”. O apuramento de raças (hoje discutível) ou certos cruzamentos, criaram cães que tinham como missão matar caça grossa ou simplesmente matar. Esses cães passaram a viver nas cidades, em apartamentos. Os donos em vez de adaptarem os animais à nova circunstância, uns por ignorância, outros por exibicionismo, não os educam para viver em equilíbrio com as pessoas. Ter um cão mau, dá estatuto em algumas subculturas urbanas e outras. Ficar pela culpa moral do dono não chega, é preciso responsabilizá-lo criminalmente em caso de incidente e retirar os animais da circulação.
Aqui chegamos ao “encantador de cães”. Toda a gente come frango mas muitos não gostam de os ver matar. Umas almas sensíveis não gostam de Cesar Millian por ele usar métodos agressivos em alguns casos, trata-se de exemplos extremos que Cesar exibe desnecessariamente, pois não são para praticar por qualquer um como é avisado nos programas. Nunca precisei de usar estranguladores. Mas a verdade é que há cães sedados para tomar banho e cães abatidos a conselho veterinário por considerarem que não há nada a fazer para os reeducar. Cesar Milliam usa nesses casos extremos animais que estavam para ser abatidos e recupera-os, isso nenhuma das “sensíveis almas” diz. O resto, fora desse show off, é bem educativo para quem tem ou vai ter a responsabilidade de possuir um cão.
Para o caso vertente é secundário que os cães tenham boa relação com o dono ou a matilha familiar, o que a sociedade exige é uma convivência pacífica com toda a gente caso os cães andem ou fujam para a via pública. Os casos domésticos são terríveis mas ensinam muito, (da pior maneira).
Obrigado pelos comentários.
Bom dia a todos, de facto concordo com o que foi dito (escrito) Os donos é que n deviam existir. E se vissem o programa do Ceaser isso ia servir mesmo que só em metade na resolução de alguns problemas. Mas aqui é giro ter um cão de raça, está na moda, eu prefiro mil vezes os rafeiros, eu tenho uma que por incrível que pareça até de moscas tem medo. Nem sabe o que é morder.
Os DONOS dos cães dito perigosos é que deviam era ir presos por homicídio por negligência. Mas no país em que estamos.......
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