quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Notícias sobre submarinos emergem e submergem. Regabofe.

Regabofe submerge submarinos.Ago.2012

Paulo Portas tem razão, as noticias sobre o caso dos submarinos, aparecem e desaparecem. Convinha saber porque desaparecem.

Para não fazer a afirmação de que é a Justiça portuguesa que está por detrás do branqueamento de alegados casos de corrupção que envolvem políticos, digamos que é o “funcionamento” da Justiça que os faz desaparecer.

Alguém percebe a razão por que nunca foram pedidos esclarecimentos a Paulo Portas sobre o caso dos submarinos? O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) dirigido pela procuradora Dr.ª Cândida Almeida e onde sobressaem outras figuras mediáticas, é mesmo capaz de investigar a criminalidade “altamente organizada e de especial complexidade”? 

O que sabemos é que qualquer investigador da PSP ou da GNR, que se preze, interroga todas as pessoas que possam ter elementos para deslindar qualquer alegado crime. Os ministros são intocáveis? Ou não há razões para ouvir Paulo Portas?

Um artigo de hoje do jornal Público pormenoriza o depósito de 1,06 milhões de euros, em notas, na conta do CDS/PP no banco BES. Foi feito por funcionários do CDS durante os quatro dias finais de 2004; “105 depósitos” entregue “muitos deles com intervalos de minutos e a grande maioria em parcelas de 10 mil euros”. Entre estes o muito citado do “doador Jacinto Leite Capelo Rego, no valor de 300 euros”.

No mesmo artigo do jornalista José Augusto Moreira, lembra-se que os dois gestores alemães condenados pelo tribunal de Munique por corrupção, disseram ter entregue “ao cônsul honorário de Portugal em Munique o montante de 1,6 milhões de euros. Este, por sua vez, disse perante a justiça alemã que manteve encontros com o ministro Paulo Portas e o primeiro-ministro Durão Barroso, para a concretização do negócio”.

Depois das condenações alemãs, o DCIAP não ver razão para ouvir Paulo Portas é incompreensível.

O dinheirão que o CDS tinha em notas num cofre em vez de na conta bancária (só podia ser para fazer pagamentos em notas) embora suspeito, não levou à condenação do tesoureiro Abel Pinheiro e mais três funcionários do CDS, acusados de falsificação de documentos. Isto apesar de os 4216 recibos justificativos da entrada do dinheiro no partido estarem segundo a PJ com “dados provavelmente fictícios” e “passados em datas posteriores aos depósitos. Os próprios livros com os talões de recibo teriam sido encomendados já em Janeiro de 2005”.

Com estas decisões da Justiça, percebe-se porque é que o caso dos submarinos, cada vez que vem à tona é imediatamente submerso.

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