terça-feira, 6 de março de 2012
Contratação de professores depende de Vítor Gaspar.
O recrutamento de professores fica dependente da assinatura do ministro das Finanças, que passará a definir a quota anual que limita a contratação, com o Ministério da Educação.
Entretanto o processo negocial entre os sindicatos e a tutela sobre o “novo projecto do MEC” teve o desfecho previsto, particularmente desde que o acordo com a UGT foi considerado um sucesso da concertação social em Portugal.
O facto de alguns sindicatos de professores, seis, terem dado ontem o seu acordo deu para o governo vir dizer que o projecto do governo foi aceite. A Federação Nacional dos Professores (FENPROF), de longe a central sindical mais representativa da profissão, fala em encenação política.
A FENPROF recusa em comunicado a “forma de negociar” denunciando que recebeu na sexta-feira no fim do dia o “novo projecto do MEC” e às 21 horas de segunda foi “informada pelo próprio ministro que seria apresentada uma nova versão do projecto em negociação esperando que, no final da reunião houvesse acordo entre as partes”.
No comunicado a Federação Nacional de Professores diz que os “prazos legais negociais ainda não se esgotaram” e apresenta os pontos em que discorda do ministério.
Miguel Relvas é acusado pela FENPROF de mentir nas televisões sobre a não apresentação de propostas por parte da central sindical.
O que este governo já nos habituou é a conseguir umas assinaturas de sindicatos comprometidos com o poder, seja da UGT porque o PS assinou o memorando da troika, seja de sindicatos controlados por militantes do PSD, para afirmar que tem o acordo dos representantes dos trabalhadores.
Neste caso dos professores exorbitaram, quer o ministro da propaganda Miguel Relvas directamente, quer a RTP através do texto suporte da notícia, dão seis a um, (tipo futebol) confundindo a representatividade da FENPROF e os outros sindicatos. Não é má-fé é estupidez, não é procura da paz social é provocação. A história de um governo desnorteado que perdeu o respeito pelo normal funcionamento da democracia.
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8 comentários:
con tratação de con tratados se bem me lembro já dependiam dos últimos gajos com a pasta das finanças...
por falar nisso vou ver comé quanda o grupe 510..fis-quim..
Pois lembra-se de coisas que nunca aconteceram, a contratação de professores nunca precisou da assinatura de nenhum ministro das finanças.
Tenho de perguntar se, de verdade, há Democracia.
Há um arremedo constitucional – velho de séculos e a seu tempo, já muito pouco
prestável - que preparou o caminho para a permissividade política da
situação actual.
Assista-se a um qualquer "debate" parlamentar e, para além duma
incontestável "peixeirada", não consegue descortinar-se vestígio
legitimo duma intervenção da mais autentica vontade política da
população.
CLV
A história de corporações que dizem existir alguém que governa numa semi-democracia plutocrática em auto-gestão oligárquica?
só faltou pôr pancrácio nisto
o número de professores admitidos a contrato funcionou já em 2006
o ano em que os estagiários deixaram de receber em numerário e passaram a receber em intenções....
a idade deve ter reconstruido a memória
como no caso de nosso soares...
as escolas enviaram as necessidades dos ditos cujos
e o ministério das finanças autorizou as verbas
se foi o ministro ou um dos directores gerais...eu até procurava o papel ...mas tou a usá-los para ensopar as águas de um cano roto...iste a rega gota a gota tem que se lhe diga
Prezado Salvador, o que está em causa não é libertação de verbas avulsas mas a politica de contratações, com que aliás não concordo, com ou sem Gaspar.
As escolas para suprir as necessidades de docentes enviavam os pedidos, primeiro às delegações escolares depois às direcções regionais – do Ministério da Educação. Pedidos ao ministério das Finanças seria novidade.
A afectação de verbas pelos ministérios está no Orçamento, valores suplementares suponho que terão de ser aprovados pelo governo/”autorizados” pelas Finanças.
O limite à contratação já existe desde 2007 mas nunca foi aplicado. “Assinatura do ministro Gaspar”, isto é, serem as Finanças a definirem a quota de contratação de professores é de agora e é só disso que aqui se fala.
SIM o limite não foi aplicado para a maioria
os cursos de animação cultural e muitos EFAS já viram esses cortes em 2008/2009
e em 2009/2010...de resto em 2010 houve muitas renovações de contratos (daqueles que era para serem de 4 anos que....não se renovaram
logo apertão por mão de ministro das finanças ou doutro é igual
as contas de electricidade da PT e da água
já vão nos 1300 milhões por ano
davam quase para pagar 100 mil extras a 9 e 10 meses por ano
uma escola que gastava uns opíparos 30 mil por mês
gasta agora uns 49000 a 56000
aquecimento central
60 lâmpadas fluorescentes por sala
3triplas em 4 fiadas
logo mais uns 10 mil professores no 3ºciclo
ou 10 mil a menos
são só 150 milhões se for a contrato
são uma dúzia de renovações mal feitas
bagatelas...qualquer directo de serviço trata disso
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