Atente-se neste período do jornal Público, parte do relato da reunião informal dos líderes europeus em Bruxelas:
«Merkel defende, em contrapartida, o relançamento da economia através de reformas estruturais incluindo um reforço da mobilidade dos trabalhadores no interior do mercado interno “porque alguns países procuram trabalhadores qualificados enquanto noutros há um desemprego elevado”.» Sublinhado meu.
O que está por detrás das palavras de Angela Merkel? Não pode ser mais claro; depois de ter usado os parceiros europeus para vender os excedentes da produção industrial alemã, de lucrar milhões com a crise da dívida soberana, só lhe falta aproveitar o desemprego criado pela política de austeridade, para suprir as necessidades de mão de obra qualificada da Alemanha.
Não estando em causa a mobilidade dos trabalhadores, a verdade é que a Alemanha já tem de recorrer a trabalhadores aposentados para preencher os postos de trabalho que a sua economia gera, mas fica-lhe bastante mais barato utilizar os quadros formados no estrangeiro, com dinheiro dos contribuintes e dos pais dos jovens qualificados desses países.
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1 comentário:
A Blitzkrieg foi um conceito militar criado pelo general Von Manstein e aperfeiçoado pelo general Hainz Guderian. Blitzkrieg significa “guerra relâmpago” - a um ataque brutal da aviação, deixando o inimigo a contas com numerosas baixas, cidades destruídas, mortos civis aos milhares, sucedia-se a intervenção de infantaria por blindados e artilharia e sempre com apoio aéreo. A infantaria vinha eliminar os derradeiros focos de resistência - tudo muito rápido e bem articulado. Quando o inimigo (que nem sabia que era inimigo) acordava do pesadelo, estava em território alemão. A Segunda Guerra foi um fértil campo de experiência para este tipo de operações. A senhora Merkel está a adaptar a blitzkrieg aos tempos actuais – sem o mau aspecto dos bombardeamentos e dos sinistros panzer, está a conseguir resultados muito animadores (para ela). O que deu cabo da estratégia alemã foi a resistência, sabotagem, snipers, comboios de munições a irem pró catano… Seremos nós, portugueses, gregos e tutti quanti, capazes de estragar a festa à senhora dona Angela?
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