O primeiro-ministro ligou a ventoinha, as primeiras declarações sobre o “caso RTP” foram para chamar histéricos a todos aqueles que se preocupam e tomaram posição sobre o destino da TV pública.
“Não há razão para histerismo sobre o futuro da RTP” disse ele, na linguagem de Estado, tipo Passos Coelho.
Eu reagi calmamente, dizendo não acreditar no que António Borges despejou, não será para mim; mas é desagradável ver uma pessoa que ocupa o seu cargo, com palavreado rasteiro. É no mínimo impróprio.
Como não posso defendê-lo, venho aqui dizer que a culpa da sua linguagem não é de viver em Massamá, como já ouvi. Conheço Massamá, ainda corria água na ribeira da Tascoa e as vacas iam beber ao chafariz, campos de trigo e aveia, um laboratório e uma fábrica de ensacar farinha. Tenho lá família desde os anos cinquenta do outro século e sendo hoje um dormitório suburbano, não era mal frequentado até irem para lá ilustres darem mau nome à terra.
A linguagem de Passos Coelho também não é de origem transmontana, sou transmontano, usamos o vernáculo quando faz sentido e até quando não faz, nunca o xunga ofensivo suburbano.
A linguagem de Passos Coelho é dele e só dele, expressa o que pensa dos portugueses – piegas, histéricos… e aquilo que ainda não lhe escapou boca fora.
Podiam ter eleito alguém, pelo menos, com alguma urbanidade.
PS: in Jornal i (30/08/2012)- O secretário-geral do PCP (Jerónimo
de Sousa) “considerou hoje que o primeiro-ministro ofendeu os portugueses ao
falar em “histeria” relativamente à alienação da RTP”.
…Já estava a
pensar que só eu tinha reparado.
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2 comentários:
Não se pode esperar muito de alguém vindo da área das formações com dinheiros da UE, com amigos que têm o curso da noite da jsd... dois parvalhões histriônicos.
Francamente! Nem o Secretário-Geral do meu partido percebe o pobre do Coelho... Nem tu, Carlos!
O que ele disse foi: “Não há razão para histerismo sobre o futuro da RTP”. Não explicitou a quem se referia. Ora, quando o António Borges diz (é só um insemplo...) que a RTP2 não se justifica, porque sai muito cara para a audiência que tem, mesmo contando com a incomensurável ignorância do bombista (foi do Sachs, um dos principais responsáveis pelo rebentamento da "bolha imobiliária"), sobre TV, em particular, e tudo o resto que se passa no mundo, em geral, tal tolice só pode ser fruto de um caso (gravíssimo) de histerismo e, mesmo, paranóia: é difícil acreditar que um imbecil possa ser TÃO IMBECIL. Portanto, o Coelho só podia estar a referir-se a ele e aos eventuais seguidores das psicóticas incoerência debitadas pela criatura... Talvez também estivesse a pensar no Relvas (mas as gramíneas, ao que julgo saber, não possuem neurónios, coisa em que o leporídeo já devia ter reparado, se não gostasse tanto de pastar...)
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