Como quem vende glutões nos detergentes andam por aí uns publicitários a impingir que a “troika” é um produto excelente, e se alguém da "troika" diz que já devia estar nos escaparates mais cedo, repetem e repetem que já devíamos ter a "troika" connosco há muito.
Estes publicitários são os “Troikos”, os partidários da "troika", os defensores, os correligionários, apóstolos ou seguidores da "troika".
A troika, tal como Jeová, tem testemunhas e pregadores para nos ler e interpretar o “memorando de acordo”, são eles que decifram o conteúdo não vá o povo simplório levar à letra o que está no texto sagrado.
O que lêem os ignorantes é que vão subir os impostos, não só nos carros e no tabaco mas também no IVA da electricidade e dos produtos de primeira necessidade; que quem não tem casa terá mais dificuldade em comprar e quem tem passa a pagar uma maior renda de IMI; que o subsidio de desemprego pagará IRS, será menos dinheiro e por menos tempo; que os cortes atingem a saúde e as taxas moderadoras; que o despedimento individual vai ser ajustado ao interesse dos patrões; que vai ser privatizado ao desbarato tudo o que é propriedade do Estado e dá lucro; Que os dois próximos anos serão de recessão e aumento exponencial do desemprego. Etc.
Tudo coisas óptimas segundo os “Troikos”, como é pagar 8 mil milhões de juros pela ajuda, e desse auxílio 12 mil milhões serem para injectar nos bancos.
Os “Troikos” têm uns antepassados do tempo do Domínio Filipino, também nessa altura havia portugueses a apoiar a dinastia estrangeira. Mas também nessa época houve quem lhes fizesse frente; esses achariam que uma declaração política da troika para uso eleitoral, sobre o que um governo eleito democraticamente deveria ter feito ou deixado de fazer, seria ingerência nos assuntos internos de outro país.
É por estas e por outras que as sondagens estão como estão.
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