Passos Coelho está próximo de conseguir um certificado de competência do nível do ex-presidente da República Américo Tomás, ou seja, ver editado em livro as suas argoladas. Uma coisa do género “Passos Coelho por ele mesmo”.
Ao ritmo a que produz matéria literária temos edição antes das eleições.
Passos Coelho, "o mais africano dos candidatos", que com esse cognome tentou caçar votos numa comunidade que nem se recenseia, considerou que a Iniciativa Novas Oportunidades, lançadas por Durão Barroso e acolhidas pelo governo PS, eram “uma mega operação que mais não fez do que atribuir um crédito e uma credenciação à ignorância”.
Sócrates, que não dorme em serviço, veio lembrar-lhe que estava a chamar ignorante a 500 Mil pessoas.
500 Mil pessoas, enfim… como bem demonstrou ontem Louçã no debate televisivo, pessoas não é a primeira coisa em que a direcção actual do PSD pensa quando define as políticas; mas não são 500 Mil pessoas, são 500 Mil eleitores.
Vai daí Passos Coelho vem emendar o tiro no pé (é preciso pontaria para continuar a acertar num pé tão esburacado) e dizer que “o que é importante não é combater as Novas Oportunidades, é combater que se gaste milhões de euros em acções promocionais das Novas Oportunidades”.
Eu quero fazer o teste e exijo que Passos Coelho também o faça; não estudei nas Novas Oportunidades, fui bom aluno em “Português” e não consigo entender em que “atribuir um crédito e uma credenciação à ignorância” é similar ou tem algo a ver com “combater os gastos em acções promocionais”.
Sobre a Iniciativa Novas Oportunidades vai-se falar e esclarecer durante o debate no Parlamento. É notório que muita gente fala do que não sabe.
Hoje há futebol, um intervalo no desporto da caça ao voto, desporto que Passos Coelho interpretou como tiro ao voto, a cada tiro mais uns votos a voar.
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