Ivo Miguel Barroso, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, considera que utilizar a Língua Portuguesa segundo as normas do novo Acordo Ortográfico é “inconstitucional” e apresentou queixa na Provedoria de Justiça; diz o lide do artigo do jornal Público de hoje onde o professor se explica.
O assunto “acordo ortográfico” é polémica para durar, depois de Vasco Graça Moura ter relançado o tema com a iniciativa tomada no CCB; e do editorial do Jornal de Angola do passado dia 8, que entre outras coisas afirma que “há coisas na vida que não podem ser submetidas aos negócios”, agora é um homem do Direito a insurgir-se contra o Acordo Ortográfico e a apresentar queixa na Provedoria de Justiça.
A coisa está viva – coisas da língua!
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2 comentários:
Não é "relançado" o que nunca deixou de ser actual, nunca foi esquecido e continuou sempre a ser combatido em várias instâncias. A AR é que não ligou peva a uma petição, com muito mais assinaturas que as legalmente exigidas, recusando-se a reequacionar esta questão, o que não admira, dado o baixíssimo nível intelectual dos nossos "representantes", quase todos incubados nas chocadeiras das juventudes partidárias.
Ainda no "DN" de hoje, dois professores da Faculdade de Direito de Coimbra explicam muito claramente porque o AO nunca poderia estar em vigor: de um modo mais completo do que qualquer outro que já tenha visto, incluindo também o desrespeito pelas normas a seguir, no caso de tratados internacionais deste tipo. Uma das razões impeditivas é o facto de não ter sido aprovado por todos os países, sendo que Angola e Moçambique, ao que tudo indica, não têm qualquer intenção de o fazer, por razões pertinentíssimas...
O governo anterior e o actual (no que se pode chamar de "estupidez convergente") é que não se preocupam com essas "minudências", em nome das tais "razões políticas" que, suspeito, as alforrecas que flutuam nas fétidas águas do actual executivo já nem devem saber bem quais são...
Continuam a decorrer várias iniciativas, de diverso tipo, visando não só a revogação do AO, como ainda o acatamento cego das "ordens" governamentais,legalmente abusivas, dirigidas a instituições públicas ou aparentadas, em quase todas apressadamente postas em prática, por duas razões: a maioria dos "responsáveis" dessas instituições integra-se naquele espírito de rebanho cordato que lhes recomenda que o melhor para as respectivas "carreiras" é não levantar ondas e ficar sossegadinho a ver "noquistodá" - o que não é difícil, já que outra atitude obrigaria a pensar, a ir saber do que se trata exactamente, enfim, a um uso de neurónios esgotante para quem não está habituado a tais exercícios; as mesmas criaturas sofrem da mais completa ignorância em relação ao tema (de resto, em relação a quase todos os temas, condição indispensável para alcançar o "êxito" carreiral e decorrentes "cabedais"). Claro que não são só eles: estou farto de ler e ouvir comentários imbecis, que aludem delirantemente a pretenças atitudes nacionalistas, xenófobas e afins que moveriam os opositores do AO, porque, como falam do que não conhecem (nem seriam capazes de interpretar), escapa-lhes a principal razão: a de que, cientificamente, o AO (Aborto Ortofágico, como lhe chamo) é uma nulidade, está mal feito, é incongruente, confuso, contraditório, uma das coisas mais mal amanhadas que pretensos "especialistas" já engendraram, em qualquer área do conhecimento.
Ainda que todo este desmesurado equívoco perdure alguns anos, há-de morrer de morte macaca e, no futuro, encarado como uma das mais embaraçosas anedotas da história da cultura portuguesa.
Esta coisa do Acordo Ortogràfico,
é uma grande chatice, passei 4 anos na escola para tira-re a quarta classe;chego aos 70 anos e a viver no estrangeiro e talvez tenho que começar de novo a ir a escola para aprender o portuguese. Quem teve essa brilhante ideia do acordo? esses gajos estavem passados, ou com o tino fora dos eixos, lingua tao mal tratada. LOL
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