sábado, 4 de fevereiro de 2012

Isto está mal - também para os publicitários.


Frente
Ferragens.Fev.2012


Verso (ou vice-versa)
Centro Optico.Fev.2012
A hora é de poupança, já se sabe. Um folheto, formato A6, deixado no pára-brisas do meu carro, é um sinal de que o sector da publicidade anda a usar métodos de consociação. Na natureza há várias evidências de trabalho conjunto dos animais pela sobrevivência, como é exemplo o uso dos afídios pelas formigas; as formigas transportam os pulgões até as folhas, estes cortam-nas, e as formigas mamam a seiva.

Um folheto, a uma cor, com publicidade a ferragens dum lado e a um centro óptico do outro, pode ser entendido como uma estratégia de aproveitamento do papel dos dois lados (coisa inviável em papeis como o higiénico), o público alvo será o mesmo como deve ter ditado o estudo de marketing desenvolvido; o que não se sabe é onde os promotores se encontraram. Terá sido o oftalmologista que foi à loja comprar uma bigorna de afinar lentes, ou o ferramenteiro que foi tratar do olho?

Que isto anda mal na publicidade sou testemunha, ainda não me estreei com um trabalhinho este mês por mais meias horas que acrescente ao horário de trabalho; mas como se vai trabalhar no dia de carnaval o mês está safo.

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2 comentários:

Carlos Leça da Veiga disse...

Pensar eu que nos passados anos quarenta - repito quarenta - entrei na minha primeira greve pelo facto duma reforma do chamado ensino ter acabado com as férias do Carnaval.É preciso ser muito velho - eu sou - para recordar os milhares - repito milhares - de rapazes e raparigas -repito raparigas - que aderiram a esse movimento que foi inteiramente espontâneo. Percorreu-se Lisboa, de Liceu em Liceu.Na Avenida da República o cortejo - Gil, Passos e Camões - foi empolgante A polícia, depois de muito tempo, com as suas ameaças lá conseguiu que fossemos para casa mas não sem antes termos ido ao Filipa de Lencastre e ao Maria Amália. Não havia a ajuda dos telemóveis mas houve outra coisa bem mais importante.Um dia, contar-te-ei mais pormenores dessa manifestação de inocência.CLV

Unknown disse...

Caro Leça, obrigado por esta narrativa dos anos 40, nunca tinha ouvido falar.