O valor de IRS, retido todos os meses para entregar às Finanças, deve aumentar 10% este ano. A notícia é da SIC, baseada nos cálculos da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC).
“A actualização das tabelas de retenção na fonte deve reflectir não só a subida da inflação como os cortes nas deduções fiscais, que diminuem os valores que podem ser abatidos como despesas de educação, saúde e habitação”; pelo que, “resulta um agravamento fiscal que implica o corte directo nos salários”.
Domingos Azevedo, bastonário da OTOC, afirmou: primeiro “nós vamos ter uma inflação na ordem sensivelmente dos 3%, e não houve uma correcção (actualização) dos escalões, portanto a erosão vai-se sentir agora, no enquadramento dos escalões. Segundo, o efeito que tem a diminuição das deduções com a saúde, educação e habitação, vão levar a que aumente a massa salarial sobre a qual incide o IRS, e esse aumento vai obrigar a que haja uma retenção maior na fonte (dos trabalhadores) daquela que existia o ano passado”.
A SIC deu um exemplo: o contribuinte que tenha descontado 250 euros o ano anterior; passará a descontar 275 euros, mais 25 euros por mês, ou seja 350 euros no ano.
Domingos Azevedo acusa a política fiscal de desumanizar o sistema, aferindo a “capacidade contributiva pelo rendimento na fonte e não pelo rendimento líquido dos cidadãos”. O ministério das Finanças não comenta e diz que as novas tabelas serão publicadas em data oportuna.
Em plena austeridade em cima da austeridade, há trabalhadores que vão ter cortes salariais em cima de cortes salariais.
Próximo Sábado 15h MANIFESTAÇÃO NACIONAL
Cais do Sodré – Martim Moniz – Restauradores – Stª Apolónia
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