Mira Amaral não faz declarações.
Segundo o jornal Público “o acordo entre o governo e o BIC Portugal, com vista à venda do BPN, prevê uma almofada de liquidez de 300 milhões de euros concedidos pela CGD à taxa Euribor”.
“A tranche de 300 milhões destina-se a ser utilizada caso a carteira de depósitos que vai ficar no BPN/BIC se reduza” diz o jornal. Os contribuintes portugueses vão assim assegurar o rácio do banco. É mais uma peça no folhetim BPN, cujo custo final para o Estado será difícil de calcular dado o “segredo de Estado” que envolve o contrato com o BIC.
A Comissão de Acompanhamento das Privatizações não foi ouvida; a maioria do PSD/CDS impediu na Assembleia da Republica, uma Comissão Parlamentar de Inquérito, proposta pelo BE (há dois dias), pelo que só sabemos alguma coisa a conta-gotas, e sem explicações.
O governo de Passos Coelho e Paulo Portas, através do banco público, vai emprestar dinheiro ao BPN/BIC, logo 300 milhões de euros e sem qualquer valor de spread (margem zero para a CGD).
Isto sucede em profunda recessão, com as empresas portuguesas sedentas de financiamento bancário. Não há dinheiro do Estado para a economia. Não há ajudas para a seca – o que se vai reflectir na balança externa, no aumento dos produtos da terra e na taxa de inflação.
Todas as torneiras estão fechadas excepto para a banca. Grandes negócios se fazem em momentos de crise económica. E… nós a arder!
(Artigos “BPN” no blogue – clicar BPN coluna à direita)
(Para ver últimos posts clicar em – página inicial)
Sem comentários:
Enviar um comentário