domingo, 29 de julho de 2012
Arcebispo de Braga critica medidas de austeridade.
A contestação ao governo já chegou à hierarquia da Igreja, o presidente da Conferência Episcopal da Pastoral Social e Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, disse numa conferência sobre o papel da Igreja em tempo de crise:
- “Começo a convencer-me que as medidas são demasiado pesadas para um determinado tipo de pessoas”.
Começar a convencer-se que a austeridade é demasiado pesada é uma evolução para D. Jorge Ortiga; na Páscoa, apesar de apelar ao governo para não sobrecarregar os pobres, sempre foi adiantando soluções para os necessitados, disse para eles “fazerem um esforço para se libertarem da pobreza, através do trabalho”.
Deve ter chegado à Sé de Braga a informação que os pobres estão pobres porque não há trabalho e a maioria do trabalho que conseguem não dá para os libertar da pobreza.
O senhor Arcebispo começou a convencer-se, segundo disse, “porque a luz sobe para todos, a água sobe para todos, o transporte sobe para todos, o IVA em termos do arroz, da massa e daquelas coisas, sobe para todos, mas para mim, e peço desculpa por o dizer; 100 euros num mês a mais nas coisas pode ser pouco para uma pessoa, mas para outra, cinco ou seis euros a mais por mês pode ser muito – e é isso que não se está a ver” (SIC).
Não tem que pedir desculpa o senhor Arcebispo, toda a gente já diz isso há muito tempo. A não ser que as desculpas sejam para dentro da Igreja, que apoiou as medidas da troika desde o primeiro momento, (ver aqui) e cujo efeito na multiplicação de mais pobreza já são impossíveis de esconder.
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