quarta-feira, 18 de julho de 2012
Líbia. Resultados eleições. Liberais 39 em 200 lugares.
Os “liberais” da coligação Aliança das Forças Nacionais (AFN), foram o partido mais votado na Líbia, conquistaram 39 dos 80 lugares reservados aos partidos. A Aliança, liderada por Mahmoud Jibril, ex-ministro de Kadhafi que se mudou para a oposição, chegando a chefiar o Conselho Nacional de Transição, é dada como vencedora das eleições.
A verdade é que num parlamento de 200 deputados, (120 são independentes) e atendendo à miríade de organizações que compõem a AFN, o grupo parlamentar mais homogéneo é a Irmandade Muçulmana que conquistou 17 lugares e ficou em segundo lugar.
De resto, o máximo que os partidos elegeram foram 3 deputados, tendo a grande maioria deles elegido apenas um elemento, como os independentes (!). O Partido da Pátria, dado pela comunicação social como um dos três principais candidatos à vitória não conseguiu qualquer lugar.
O Parlamento líbio passa assim a ser composto por deputados unipessoais na sua grande maioria. Como dizia aqui, só quando houver votações se saberá quem ganhou as eleições na Líbia.
Em relação à representatividade de todos os eleitos não há elementos para fazer qualquer análise, mas não resultou nada de semelhante ao modelo ocidental que foram obrigados a importar.
Uma incógnita é a reacção das tribos aos resultados e à representatividade que terão na vida política líbia. Provavelmente, as eleições são apenas mais um episódio da guerra da Líbia, que se continuar, é longe dos holofotes dos meios de comunicação ocidentais.
Agora é tempo de fazer outra guerra, a da Síria.
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