Um ano após a aprovação pelo governo do fim das golden shares, a GALP anunciou lucros de 178 milhões de euros, um aumento de 56,7% face ao mesmo semestre do ano anterior.
“O resultado operacional da empresa cresceu 52,65, para 269 milhões de euros, e as vendas aumentaram 14,7%, para 9,3 mil milhões”.
Segundo o comunicado da GALP citado na imprensa de hoje, “este aumento deveu-se ao melhor desempenho operacional em todos os segmentos de negócio” mais produção vinda do Brasil, subida das margens de refinação, mais crude processado e aumento do volume de gás natural negociado.
Uma empresa da área estratégica da energia, na qual os governos alienaram o controlo público que detinham. Lucros decisivos para a nossa economia que são subtraídos ao Estado português.
Nem o Estado obtém o que podia receber, nem os consumidores estão a retirar qualquer vantagem do sucesso operacional da GALP.
Os combustíveis continuam a aumentar de forma desregulada, o gás idem (ver aqui).
Empresas onde o Estado tinha direitos especiais como accionista - energia elétrica, telecomunicações, petróleo e gás - estão a passar pela crise como se ela não existisse. Tal como os bancos.
Nem são chamados a dar maior contributo através de temporários impostos especiais, nem têm em atenção que os consumidores estão a passar um mau momento.
Pelo contrário, é o governo que resolve intervir no mercado pelo lado dos fornecedores, introduzindo listas de devedores de bens de primeira necessidade. O governo foi eleito pelos portugueses mas está a defender interesses que não são os da maioria da população.
O que é que os portugueses ganham com os lucros da GALP?
O que é que os portugueses não ganham com os lucros da GALP?
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