quarta-feira, 11 de julho de 2012
Greve dos médicos. Utentes não protestam.
A maior paralisação de médicos nos últimos 20 anos cumpre hoje o primeiro dos dois dias em que os serviços públicos de saúde vão funcionar como se fosse fim-de-semana.
A greve, promovida pelos sindicatos e apoiada pela Ordem dos médicos, está a ter a compreensão dos utentes, não se registando protestos em centros de saúde ou hospitais onde foram adiadas cirurgias e consultas.
Os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) compreendem que a greve dos médicos, sendo em defesa de reivindicações da classe médica, é igualmente para protecção dos bons cuidados médicos que o SNS tem prestado à população portuguesa.
Os médicos defendem a “qualidade do exercício da profissão médica e a sua formação contínua”, o que não se compadece com medidas governamentais como a aquisição de serviços médicos através de concursos realizados com empresas de trabalho temporário.
Para além das carreiras médicas e a valorização profissional, que fixa os médicos no SNS e permite aos doentes serem atendidos com competência, os médicos contrariam “as múltiplas e graves medidas governamentais de restrição no acesso aos cuidados de saúde”.
Os portugueses sabem que medidas como o aumento das taxas moderadoras são um favor aos privados, que o actual ministro parece ainda trabalhar para a Medis e que a privatização da saúde pretende transformar o Serviço Nacional de Saúde num “serviço público residual, barato e de menos qualidade, para os mais pobres”.
Os médicos fazem greve contra as medidas humilhantes para a classe médica promovidas pelo actual governo, mas igualmente para defesa do Direito à Saúde dos portugueses.
PS: in jornal Público - Primeiro balanço da adesão à greve; perto dos 100%.
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