domingo, 15 de julho de 2012
Cruz Vermelha considera a Síria em guerra civil.
O porta-voz do Comité Internacional da Cruz Vermelha para o Médio Oriente, Hicham Hassan, disse ontem à Reuters que o “conflito armado não-internacional na Síria” já não se limita às três regiões; Holms, Hama e Idlib, anteriormente classificadas pela organização humanitária como de “conflito armado interno”.
“Conflito armado” já significava guerra civil, embora localizada. A qualificação da violência na Síria entendia portanto existirem forças armadas em confronto.
A imprensa portuguesa descobriu hoje a condição de guerra civil na Síria. Há meses que a comunicação social, não envolvida no conflito, designa a situação na Síria como de guerra civil; relata a existência do Exército Sírio Livre iniciado por “desertores do exército e dos serviços de segurança”, a Frente dos Revolucionários da Síria, com base na Turquia e que a própria anunciou serem civis armados e outras milícias pagas e armadas por países islâmicos da região.
A definição do conflito, pela Cruz Vermelha, tem implicações. Uma ao nível das Convenções de Genebra sobre as regras da guerra, obrigando os combatentes de ambos os lados a respeitar as leis humanitárias internacionais e a possível acusação de crimes de guerra (como habitualmente para os derrotados).
A outra suposição é que se deixe de falar em massacres quando as vítimas são de um lado e de vítimas das forças leais quando são do outro, mesmo quando envolvem a morte de civis, como o caso dos atentados bombistas.
Vamos continuar a ouvir relatos de um lado e do outro, que os meios de comunicação servirão conforme o partido que tomam. Alguma imprensa internacional ainda faz notícias, por cá o “jornalismo” é uma miséria que nem assinala quais as “notícias” confirmadas por fontes independentes (as ONGs não são).
Uma oportunidade para a paz é cada dia mais complicada, o que acontecerá com a internacionalização do conflito sírio, ninguém pode imaginar. Loucos.
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