domingo, 17 de junho de 2012
17 Junho. Eleições para (quase) todos os desgostos.
As eleições de hoje são todas muito importantes, mas exceptuando a segunda volta das legislativas francesas, em que se vai saber se Hollande governa em coabitação ou com maioria no parlamento, o que sendo determinante não é dramático, quer na Grécia quer no Egipto tudo aponta para que se instale maior confusão do que a que existe hoje.
Na Grécia o resultado parece depender da disposição psicológica na hora de votar, os gregos sabem o que querem mas têm dúvidas, como toda a gente, de que o voto (ou voto em quem) lhes traga o desejado. Fala-se em suspense como se uma vitória eleitoral de uma direita (Nova Democracia) ou de uma esquerda (Syriza) só por si decidisse o caminho da Grécia.
Apenas decide quem vai ser chamado a formar governo, ambos já tiveram essa missão e não conseguiram alianças que o viabilizassem. Daí que seja importante a votação nos outros partidos que caíram no esquecimento mediático. Como as sondagens na Grécia não acertam com um resultado pode haver surpresas.
O único partido grego que não aceita a União Europeia (EU) e o euro, é o comunista (KKE), todos os outros querem ficar na Zona Euro e todos os outros querem renegociar os termos do memorando da troika. Da própria EU vêm sinais que tal irá acontecer, independentemente dos resultados eleitorais. O dia seguinte à constituição de um governo, legislativo ou presidencial, ditará o futuro da Grécia.
A Grécia sai do euro se for ingovernável e é para essa situação que os partidos deveriam ter um plano B, O “plano B secreto” do Syriza (passar para a influência da Rússia?) não pode ser divulgado, e o da União Europeia só pode ser injecção de capital e redução da austeridade.
No Egipto a Primavera Árabe borregou, a democracia não veio com eleições, como aliás era esperado atendendo às forças políticas organizadas. Das manifestações não sai nada de orgânico e o poder político é sempre exercido por algo mais inteligente que um sapato no ar. No Egipto vai decidir-se quem nesta fase imporá a ordem (e de que tipo), se os islamitas se os militares e ambos têm dificuldades na coabitação.
As primaveras são cíclicas...como os invernos.
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