domingo, 24 de junho de 2012
Passos na América Latina; vendas zero, política zero.
Passos Coelho vem condecorado da América Latina, é da praxe, nunca se vem de mãos a abanar. Negócios em concreto, nenhum se conhece; não tem a argúcia de vendedor do seu antecessor. Ainda se vive dos acordos bilaterais do tempo de Sócrates, da iniciativa dos privados, e dos tratados europeus.
“O Tratado de Livre Comércio com a União Europeia impulsionará o comércio bilateral com Portugal” foram as palavras do ministro do Comércio Externo e Turismo do Peru e é assim por todo o lado; “muito prazer em o conhecer pessoalmente, faz parte da EU? Pois, pois - bebamos um copo…” Embaixadores de carreira, e ministros como Portas e Passos, só sabem dizer palavras de circunstância sobre investimentos, não existe qualquer desígnio ou planificação na política comercial externa. A AICEP de embaixadores e embaixatrizes, desligado do Ministério da Economia (existe?) é mais para dar beberetes. Quem devia promover as relações comerciais não tem dinheiro devido aos atrasos do Estado em pagar o que encomenda (e eu e muitos outros a arder com dividas deles!).
Pior que a inoperância são as gafes políticas de Passos Coelho. Não foi capaz de ter um discurso solidário com a democracia sobre a destituição de Fernando Lugo, presidente do Paraguai. Não tem segunda oportunidade.
Disse, “observamos do exterior com muita atenção” e que não queria “fazer qualquer outro comentário, nesta altura, sobre os desenvolvimentos de uma decisão que foi tomada no Congresso paraguaio”.
O governo dos Estados Unidos da América (do norte) através do porta-voz para a América Latina, do Departamento de Estado, William Ostick, afirmou que se deve respeitar o processo contra o presidente Lugo.
Para além das semelhanças entre o discurso oficial americano com a posição do primeiro-ministro português, (vai dizer que foi mal interpretado), Passos Coelho tem o azar de a posição da União Europeia ser de pedir “respeito pela vontade democrática no Paraguai”, conforme disse a representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Catherine Ashton, que elogiou a rápida reacção da UNASUL.
Ou seja, Passos Coelho podia ter ficado em casa, os portugueses que pagaram a viagem escusavam de passar estas vergonhas.
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