sábado, 30 de junho de 2012
Apupos – o roteiro dos governantes.
Sua excelsa insignificância, o ministro Álvaro, o etecetera mais fútil e incompetente da governação, foi apupado na Covilhã e não percebeu nada do que lhe aconteceu. A demonstrá-lo está a tentativa de desvalorizar a contestação, disse a banal criatura que “em todas as grandes mudanças, há vozes descontentes”.
Vejamos um quadro da mudança: A redução das receitas fiscais e o aumento das prestações sociais, previstos como resultado das medidas recessivas, por toda a gente excepto pelo governo, aumentou o défice para 7,9% do PIB, acima do registado no mesmo período de 2011. Com a meta anual de 4,5% de défice, como principal objectivo da governação austeriotónica, vêm aí mais pedidos de ajuda, mais endividamento e mais medidas de austeridade. Esta é a mudança em curso.
À insuficiência do ministro nem lhe ocorreu que estava num distrito em que foram despedidos 700 trabalhadores nos últimos dois dias, que a converseta do “diálogo social” é uma estupidez perante o facto de cada dia mais famílias estarem sem ganha-pão.
O ministro Álvaro Santos Pereira é apenas uma caricatura do governo, um boneco sem jeito nem presença, a imagem crua da inépcia política. Os outros responsáveis, como Victor Gaspar, resguardam-se do contacto com o povo e andam com segurança pessoal reforçada, são sinais do apoio popular que têm.
Passos Coelho, Cavaco (principalmente depois de deixar passar a lei laboral) e a própria ministra da Justiça já provaram os apupos populares. Os apupos aos governantes vieram para ficar, são manifestações de desagrado que têm expressão mediática, pelo menos até os jornais e as televisões receberem ordem de as censurarem. O nosso “jornalismo” é muito obediente.
Manifestações sem promoção nos meios de comunicação são as dos desempregados, que hoje vão para a rua em várias cidades. O ClariNet vai estar na de Lisboa, às 15.00 horas, do Largo de Camões a S. Bento.
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