terça-feira, 19 de junho de 2012
Novo governo grego. ND,PASOK,DIMAR?
Partidos de centro-direita e centro-esquerda estão a negociar os termos da participação de cada um no novo governo grego. À partida, a Nova Democracia (ND) e o PASOK (socialistas) estarão coligados (já estiveram seis meses, no inicio do ano) enquanto a esquerda Democrática (DIMAR) – (ver aqui quem são os partidos) não tinha decidido que forma irá tomar o apoio ao governo.
Recorde-se que Fotis Kouvelis, o líder do DIMAR, apresentou no Domingo sete pontos como condição para participar ou apoiar o governo. A limpeza do sistema político; a desvinculação da Grécia, em 2017, do memorando da troika; a restauração da capacidade produtiva grega; o desenvolvimento agrícola; a garantia de segurança dos cidadãos, o combate à imigração ilegal; a ampliação da segurança social.
As propostas de Kouvelis definem um programa de governo difícil de conciliar com o Memorando. Umas não trarão problemas, como o fim da imunidade parlamentar e ministerial para a investigação dos bens de membros do governo e altos funcionários desde 1974, ou a redução para metade do financiamento dos partidos, ou a introdução da representação proporcional, já outras como o congelamento dos cortes de salários e pensões, o fim da lei que permitiu reduzir o salário mínimo, o regresso dos contratos colectivos, ou o aumento do tempo de subsídio de desemprego, vão ter dificuldades em passar sem rever profundamente o acordo com a troika.
Mas é para isso que o governo grego tem de apontar, querendo continuar na Zona Euro e se a União Europeia “quiser” a Grécia. A renegociação do “resgate” nas medidas de austeridade e prazos é uma tarefa prioritária perante o agravamento das condições económicas da Grécia e dos gregos.
É evidente que os termos do acordo com a Grécia vão ser revistos, independentemente das ameaças de circunstância de Ângela Merkel. Nada funcionou com o anterior e tem de haver adaptações à nova situação grega.
A discussão eleitoralista entre partidos ditos contra ou a favor do resgate não passa de controvérsia bizantina, os gregos querem ficar no euro e ninguém lhes apresentou uma alternativa. A saírem, são eles mais meia dúzia, bem ou mal comportados, bons ou maus alunos.
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