clicar no burro
Os alertas na comunicação social para a falta de sangue são cíclicos. Desde que o governo decidiu retirar a isenção de taxas moderadoras aos dadores benevolentes, os alertas passaram a ser mês sim mês não.
O presidente do Instituto Português do Sangue fez agora outro alerta, na TSF, porque o “número de unidades de reserva tem vindo a baixar” para um nível que pode levar à não realização de algumas cirurgias.
Em Janeiro, várias associações de dadores, avisaram da “desmotivação geral” como consequência dos cortes nas isenções de pagamento das taxas moderadoras. Os responsáveis da Saúde desvalorizaram, incluindo o ministro, e em Fevereiro ouve uma quebra de 20% das dádivas.
Recuperaram no final de Março com os alertas lançados, para em Abril o IPO vir dizer que se debatia com falta de sangue, este mês voltou a necessidade de fazer mais pedidos à população perante nova quebra de 16%.
Parece evidente que o governo criou condições para deixar de contar com boa parte dos dadores regulares, substituindo-os por dadores ocasionais, ou dadores que só contribuem em última instância. Não será a melhor forma de gerir um sector essencial do sistema de Saúde.
Independentemente do que cada um pensa sobre as dádivas de sangue, o que importa é a posição de quem dá, e há (pelo que se vê) muita gente arreliada com a desconsideração. Os movimentos de repúdio pela medida mesquinha das taxas moderadoras deveria ter sido levado a sério, os dadores são saudáveis, não são os abusadores do Serviço Nacional de Saúde.
O ministro anunciou que vai tomar medidas, uma delas vai ser uma campanha publicitária durante a Volta a Portugal em bicicleta. Só por uma razão de transparência espero que sejamos todos informados sobre quanto o governo arrecadou com a taxa moderadora dos dadores de sangue e quanto vai gastar na campanha da Volta.
Campanha que vai passar a ser feita volta e meia, porque volta e meia estamos sem dadores de sangue.
PS: - "Deminuição de dádivas de sangue é mais grave do que tem sido dito"
(Para ver últimos posts clicar em – página inicial)
1 comentário:
Se não repõem as isenções, paguem-me as deslocações.
Os novos dadores são sp bem vindos, mas controlo se faz favor. Muitas das doenças controladas não são detectáveis em fase de incubação. Descontrolo e dadores a pressa, farão novos doentes por ex de HIV
Enviar um comentário